A linha de 1 bilhão de reais que o presidente da República pediu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar o varejo foi só um dos três movimentos que a indústria espera para que o preço dos equipamentos de TV digital possam cair para o consumidor final.
De acordo com Benjamin Sicsú, vice-presidente da Samsung e diretor da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), a indústria se apóia em um tripé de fatores para que os preços de conversores e televisores comecem a cair: economia de escala, desoneração fiscal e financiamento ao varejo.
"Já saiu a primeira parte", disse ele, referindo-se à linha anunciada pelo presidente da República no último dia 2. A escala ainda depende da adoção em massa da nova tecnologia de radiodifusão, enquanto a desoneração é esperada, mas ainda não foi anunciada.
Para Sicsú, entretanto, "se a TV é a principal fonte de entretenimento da população e a nova versão também será instrumento de inclusão digital, não tem razão para que ela não tenha os mesmos benefícios do Computador para Todos", afirmou o executivo, em encontro com a imprensa promovido pela Abinee. Os benefícios, no caso dos PCs, foram isenção de PIS e Cofins para máquinas de até 2,5 mil reais.
Ele destacou que a indústria fez "um esforço para atender o lançamento da TV digital em um prazo exíguo" e que, agora, deve entrar na era dos portáteis, com os terminais de pequeno porte e os celulares com recepção de TV.
Para Sicsú, o grande desafio, agora, "é a interatividade". Segundo ele, o software brasileiro Ginga, destinado a promover a interatividade na TV digital, "está na fase final de ajustes" e, por isso, os primeiros serviços interativos devem ser lançados no mercado "em cinco ou seis meses".
Para Paulo Castelo Branco, diretor de telecomunicações da Abinee, a chegada da TV digital também deverá estimular o segmento de telecomunicações. "Vai ser possível capitalizar a transmissão de sinais de vídeo pelas redes das operadoras", afirmou.
Fonte: Computerworld



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