Em entrevista com jornalistas para o Bom Dia Ministro, com duração de uma hora e transmitida para rádios de todo o País, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, falou sobre a TV Digital e da instalação de banda larga nas escolas da rede pública. O programa é produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República e transmitido via satélite. Leia abaixo os principais trechos.
TV Digital - "A TV Digital já está em oito capitais brasileiras e em um pólo importante, que é Campinas. Está chegando agora no interior de São Paulo e depois no interior do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Já estamos com a tecnologia 3G implantada há cerca de seis meses. Foram seis meses de muito esforço por parte das companhias de telefonia móvel para a implantação em tempo recorde desta nova tecnologia, que já está nas principais capitais brasileiras e em várias cidades do interior. Cidades menores, de até 100 mil habitantes, já estão recebendo a tec nologia de terceira geração."
Conversores - "Em Belo Horizonte, nas principais lojas de eletroeletrônicos você é possível comprar o conversor da TV Digital por R$ 240,00 Olha a diferença. Quando lançamos a TV Digital, em dezembro de 2006 em São Paulo, o conversor custava R$ 1.400, e naquela época eu disse : não compre porque está caro demais. Na verdade, era mais caro que um IPhone, que um DVD, que um televisor. Mas, hoje, o conversor popular já está sendo vendido a R$ 240,00. Não só em BH, mas nas principais capitais e cidades onde já temos a TV Digital. Se você quiser um conversor um pouquinho diferente ele pode até ser mais bonito na apresentação, mas ele faz a mesma coisa que faz o conversor de R$ 240. O mais caro hoje no mercado custa R$ 450,00. Então houve uma queda de preço formidável."
Sistema brasileiro - "Tivemos muita preocupação na definição do sistema brasileiro de televisão digital, porque temos três sistemas que estão implanta dos no mundo inteiro: americano, europeu e asiático (japonês). Por que decidimos por um sistema baseado no sistema japonês? Porque os outros dois sistemas, o americano e o europeu, não atendiam às necessidades das políticas públicas de comunicação do Brasil. Por exemplo: o americano só transmite para um televisor fixo. O europeu usa praticamente e exclusivamente o sistema stander de televisão. Não faz alta definição como o sistema americano. E, quando faz a transmissão móvel, é preciso usar uma linha telefônica. Então, tenho que pagar a companhia telefônica para receber a imagem de televisão no meu celular ou no carro. Isto praticamente inviabiliza porque a US$ 1,25 o minuto de televisão transmitido para o seu celular quem vai poder paga? No Brasil se fosse um real, como se paga hoje pelo pré-pago, você ainda sim não poderia ver televisão no celular. Porque pra você ver um capítulo da sua novela enquanto você está viajando no ônibus ou no trem você vai pagar R$ 60,00. É uma coisa absurda, então decidimos pelo sistema japonês que faz tudo isso gratuitamente."
Crise e TV Digital - "Essa crise, curiosamente, não chegou no setor de telecomunicações, até pelo fato de que, aqui entre nós, quanto maior a crise, mais gente fala no telefone. Mas se queremos ouvir mais notícias ficamos agarrados na televisão ouvindo o que está acontecendo. Então, acho que o último lugar que essa crise vai chegar é neste setor. Todas as empresas estão investindo e multiplicando seus esforços. Mas é evidente que, como a crise é mundial, terá alguns reflexos no Brasil. O primeiro foi o aumento do dólar. Isto dificulta um pouquinho quanto ao custo dos aparelhos, que são importados. Mas o Brasil já está fabricando os principais instrumentos da TV Digital e do rádio digital, por exemplo. Estamos exportando os transmissores da TV Digital para os Estados Unidos. O maior exportador de transmissores de TV Digital hoje para os Estados Unidos é o Brasil. Produzimos ess es transmissores em Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais, e na Zona Franca de Manaus. O Brasil está muito preparado para enfrentar a cris e e está muito bem no setor de telecomunicações. Ao invés de estarmos importando a maioria dos equipamentos, estamos exportando."
Fonte: Pantanalnews
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