Com o advento da terceira geração, fornecedores passaram a ter chance de lucrar com a oferta de vídeos, o que não os motiva para transmitir um sinal aberto e grátis.
Por Luiza Dalmazo, do COMPUTERWORLD
A televisão aberta no celular soou como uma das possibilidades trazidas pela TV digital que agradaria a população. As pessoas passariam mais horas vendo a programação, durante os trechos que percorrem de carro ou ônibus para o trabalho e isso representava mais público também para que as emissoras cobravam pelos anúncios – uma garantia para o novo modelo de negócio e o retorno do investimento feito na nova tecnologia.O anúncio do governo federal em março deste ano de que ofereceria isenções fiscais dentro do Processo Produtivo Básico (PPB) para as fabricantes de celular, poderá ser fracassado, o que representaria o fracasso da tentativa de aumentar a adesão ao novo padrão de televisão aberta.
A proposta do governo de oferecer os mesmos descontos de impostos a que tem direito os itens de informática exige que as fabricantes de aparelhos móveis incluam nos modelos de terceira geração (3G) a capacidade de receber o sinal do padrão brasileiro de TV digital.
De acordo com Luciano Leonel Mendes, professor mestre do grupo de pesquisa em comunicações em fio do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), o problema é que as operadoras têm a opção de fornecer vídeo pela rede 3G e cobrar por eles. “Só isentar de taxas não é suficiente, também porque as fabricantes recebem o subsídios das operadoras”, afirma.
Hoje, um celular de mil reais sai por 30 reais – ou até de graça – para o cliente que assinar contrato de um determinado tempo e plano, por conta desse subsídio das operadoras.
Portanto, se a fabricante oferecer um aparelho com recurso para receber o sinal aberto da tevê digital e não receber o subsídio da operadora, a isenção de taxas tem que ser o suficiente para o valor do aparelho ficar nessa faixa de 30 reais que hoje é o que o consumidor paga, segundo ele.
Fonte: Computerworld



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