quarta-feira, 5 de março de 2008

CPqD aposta na TV Digital como forma de inclusão

A interatividade da TV Digital como forma de inclusão digital é a grande aposta do CPqD, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, que anuncia a mudança do nome da área responsável por estudos e pesquisas em TV Digital para Diretoria de Inclusão e TV Digital. Esta mudança ocorre em função das atividades atuais de sua equipe, cuja atuação está focada em serviços baseados em receptor de TV como terminal de usuário, independentemente da rede de telecomunicações empregada, e em soluções de TICs para pessoas analfabetas ou com deficiências auditivas e visuais. Assim, o uso de qualquer plataforma de telecomunicações, como por exemplo TV por cabo, satélite, IPTV e WiMAX, é visto como uma importante janela de oportunidades para atuação em projetos de inclusão digital.

Uma das aplicações desenvolvidas pelo CPqD é o SAPSA – Serviço de Apoio ao Professor em Sala de Aula, desenvolvido no projeto SBTVD e que está em operação desde 2007 em uma escola pública de Hortolândia. Trata-se de uma ferramenta de apoio ao professor que foi concebida, inicialmente, para operar em plataforma de TV Digital, mas que posteriormente foi transposta para uma rede WiMAX, ofertando à comunidade escolar recursos para exibição, em tempo real, de vídeos e outros conteúdos audiovisuais como material de apoio e complemento às atividades em sala de aula. “Este dispositivo será muito útil às escolas, pois usa uma linguagem que as crianças dominam muito bem, que é a linguagem televisiva”, afirma Juliano Castilho DallAntonia, diretor de Inclusão e TV Digital do CPqD.

Outro projeto de destaque é o STID - Soluções de Telecomunicações para Inclusão Digital. O projeto tem como objetivo o planejamento e desenvolvimento das soluções mais adequadas para os programas governamentais de inclusão digital, tendo como público-alvo os cidadãos analfabetos - plenos ou funcionais - e com deficiências auditivas e visuais. Estão sendo desenvolvidos dois serviços: um para auxiliar os trabalhadores rurais e urbanos na obtenção das informações necessárias à solicitação de suas aposentadorias, e outro para viabilizar o agendamento remoto de consultas e tratamentos médicos, além do acesso eletrônico a informações básicas de saúde. Ambos serão testados em campo, por meio de telecentros e terminais em postos de saúde, sendo que Bastos será a primeira cidade a recebê-los. "Pretendemos criar alternativas de inclusão para todas as pessoas, por isso desenvolvemos uma solução que permite fácil acesso aos dois serviços, sobretudo aos que não têm familiaridade com computadores", explica DallAntonia.

O CPqD também aposta na TV Digital Interativa como uma inovação disruptiva, através da qual seja possível ofertar serviços menos sofisticados, inovadores e mais baratos, baseados em receptores de TV, para que a população atualmente não atendida possa ser digitalmente incluída. "Acreditamos no sucesso de ferramentas corporativas e de cidadania, como comércio eletrônico (t-commerce) e governo eletrônico pela TV (t-gov), como também em ferramentas com foco educacional, como o t-learning e t-games", finaliza DallAntonia.

Fonte: B2bmagazine

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