sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Saiba como escolher produtos para receber a TV digital em casa

Saiba como escolher o que melhor atende as suas expectativas.

Você já está equipado para a estréia da TV digital, no próximo domingo (02/12)? Como a esmagadora maioria dos paulistanos, que terão acesso em primeira mão ao sinal digital aberto no Brasil, provavelmente não. O motivo é óbvio: os primeiros equipamentos prontos para receber o sinal digital começaram a chegar às prateleiras apenas nesta semana. Portanto, quem quiser assistir a esse momento histórico da TV brasileira no conforto da sua sala terá que correr às lojas para garantir sua TV ou conversor.

O preço do pioneirismo é alto: o conversor para TVs convencionais mais simples do mercado, fabricado pela brasileira Positivo, custa 500 reais, e ainda deixa a desejar em alguns quesitos, como alta definição (o aparelho transmite apenas em definição padrão). Os equipamentos que recebem o sinal em full HD - com 1080 linhas de resolução - custam a partir de 700 reais.

Os primeiros set-top boxes - como são conhecidos estes aparelhos - também virão desprovidos de um dos recursos mais celebrados da TV digital: a interatividade. Como middleware Ginga, software que funcionará como sistema operacional dos conversores e suportará as aplicações de interatividade, ainda está em fase de testes, quem comprar os primeiros conversores não terá interatividade.

O mesmo vale para os televisores com receptor embutido - os poucos modelos disponíveis no mercado não saem por menos de 8 mil reais. Também é preciso lembrar que a imagem recebida pelo sinal digital terá melhor qualidade mesmo na TV de tubo, mas para receber as transmissões em alta definição, com toda a qualidade oferecida pelo sistema, além do conversor, será preciso ter uma TV full HD - as mais em conta custam por volta de 6 mil reais.

Não se esqueça que tanto no caso dos coversores quanto das TVs com receptor também é necessário ter uma antena UHF - a Philips oferece um modelo interno, por 40 reais, e um externo, por 109 reais.

Os receptores USB para computadores são uma opção para quem quer economizar - custam a partir de 370 reais -, mas têm limitações: eles captam o sinal voltado a aparelhos móveis, portanto a resolução da imagem é menor.

Segundo a área de engenharia da Tectoy, a resolução máxima oferecida por um receptor móvel é de 320 x 240 pixels, o que corresponde a um quadro de mais ou menos 10 cm x 8 cm. A imagem poderá ser aumentada para caber na tela cheia do computador, mas perde qualidade.

Os fabricantes também estão prometendo equipamentos móveis - como televisores portáteis e laptops - para TV digital, mas nenhum deles estará à venda nas lojas antes da estréia. Quem quiser uma TV digital portátil, terá que esperar pelo menos até o Natal.

Preparamos um guia com os produtos prontos para a TV digital disponíveis no mercado, mas antes de colocar a mão no bolso, confira algumas dicas para não sair no prejuízo:

1. Não caia no golpe dos aparelhos “prontos” para a TV digital
Muita gente que comprou as TVs vendidas pelo varejo ao longo do último ano como “prontas” para a TV digital vai ter uma ingrata surpresa ao perceber que não basta ligar qualquer televisão LCD - mesmo as de alta definição, conhecidas como HDTV - para receber o sinal digital.

A frustração será ainda maior quando o consumidor que levou gato por lebre se der conta de que terá que desembolsar mais 500 reais - no mínimo - por um conversor para assistir a transmissão digital na sua novíssima - e caríssima - TV.

O que as lojas vendem como equipamentos “prontos” para a TV digital (do inglês “HD ready”) são, na maioria das vezes, TVs com maior resolução (a partir de 720 linhas) que as tradicionais (que têm no máximo 480 linhas) e que, portanto, receberão o sinal digital com maior qualidade.

As primeiras TVs com receptor embutido de fato - até o momento, são apenas seis modelos, dois da Samsung, dois da Philips e dois da LG - chegaram apenas nesta semana às lojas, portanto qualquer TV comprada antes dessa data vai precisar de conversor.

Na hora de comprar uma TV, certifique-se se ela tem ou não o receptor embutido.

2. Verifique qual é a resolução da TV antes de levar para casa
Se você quiser receber a transmissão digital na maior qualidade possível, não basta comprar um aparelho “HD ready” - ou “pronto” para a TV digital - com 720 linhas de resolução horizontal. Você vai precisar de uma TV full HD, com 1080 linhas horizontais de resolução.

Lembre-se, contudo, que os conteúdos transmitidos em full HD pelas emissoras serão restritos, pois os custos de produção no formato são maiores. Provavelmente você só poderá ver alguns programas - novelas, partidas de futebol e filmes - em alta definição na sua máquina possante.

3. Conversor não é “tudo a mesma coisa”
A função básica é a mesma - receber o sinal digital -, mas os conversores oferecem recursos bastante distintos. Alguns suportam alta resolução, enquanto outros oferecem apenas definição padrão - ou seja, qualidade de imagem inferior.

Também é importante notar que tipo de conexão o aparelho traz. Se você for ligá-lo a uma TV de alta definição, precisará de uma saída HDMI (High Definition Multimedia Interface). Se for ligá-lo ao computador (para gravar conteúdos no disco rígido, por exemplo, ou para acessar fotos, vídeos e músicas no do computador) vai precisar de uma interface USB.

4. Quem sai na frente, paga o preço da inovação
Não se frustre se daqui a um ano encontrar nas prateleiras um conversor com muito mais recursos que o seu, pela metade do preço. É assim com todos os equipamentos eletrônicos, e assim será com os conversores e equipamentos para TV digital em geral.

Com a massificação da produção e com a estréia do sinal em mais regiões do País, os preços devem cair. Não se esqueça que os primeiros aparelhos de DVD eram maiores que um videocassete e custavam mais de mil reais, enquanto hoje é possível comprar
um DVD player muito mais completo e compacto por um décimo deste preço.

Faça as contas e decida se vale a pena pagar mais para sair na frente.

Fonte: Pcworld

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