sábado, 15 de dezembro de 2007

O BNDES e a TV digital

Por que o governo precisa financiar equipamento de TV digital para quem quiser dispor desse serviço em casa? Não há explicação técnica que justifique a criação de uma linha de crédito de R$ 1 bilhão no BNDES para financiar a compra do conversor, equipamento sem o qual os aparelhos hoje existentes não podem sintonizar a TV digital. Se o BNDES financia o consumidor de TV, por que não financiar também o comprador de outros bens de consumo? E que sentido tem o BNDES, cuja finalidade é fomentar a modernização e a expansão da capacidade produtiva - e já tem uma linha de crédito, também de R$ 1 bilhão, para apoiar o sistema de TV digital -, passar a concorrer com os bancos privados no crédito ao consumidor?

Será que, com a iniciativa anunciada na festa de lançamento oficial da TV digital no País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende compensar um dos efeitos negativos do padrão tecnológico pelo qual optou, que é o alto custo do equipamento? Mas o preço alto demais é apenas um dos problemas da TV digital. O sistema chega atrasado e incompleto.

O ministro Hélio Costa chegou a prometer a transmissão pelo padrão digital de jogos da Copa do Mundo de 2006. O sistema só foi inaugurado domingo, com atraso de pelo menos um ano e meio. Mas poucos espectadores da Grande São Paulo, região em que o sistema começou a operar oficialmente, puderam assistir aos programas transmitidos pelo novo sistema. A pequena audiência era previsível, por se tratar de um sistema novo e ainda caro. Mas, por causa da imprevidência e de decisões questionáveis das autoridades, ela está sendo muito mais baixa do que se previa.

O ministro das Comunicações dizia que os conversores seriam vendidos por um preço entre R$ 150 e R$ 200. Na semana passada, os aparelhos à venda nas lojas custavam de R$ 700 a mais de R$ 1 mil, dependendo da configuração. Eles são particularmente caros por causa do padrão escolhido pelo governo.

Entre três padrões disponíveis - o japonês, o americano e o europeu -, o governo escolheu o japonês, cuja utilização é menos disseminada. Ao conversor normal do padrão japonês, o governo decidiu acrescentar outras características, como a atualização da tecnologia de compressão de vídeo e um programa de interatividade desenvolvido no Brasil, que ganhou o nome de Ginga. Assim, criou-se um padrão específico para o Brasil, o que tornou impossível a importação desse equipamento, que em países que utilizam o padrão europeu custa em torno de R$ 150.

Além do preço, haveria, segundo as autoridades, duas grandes vantagens na escolha do padrão japonês. A primeira era o compromisso do Japão de investir intensamente no Brasil. Outra seria a possibilidade de o Brasil exportar conversores para países latino-americanos que adotassem o mesmo padrão. Nada disso funcionou. O preço é alto demais, os japoneses não definiram seus investimentos no Brasil e os países vizinhos estão adotando outros padrões.

Agora, o governo tenta corrigir um dos erros. O BNDES, disse o presidente Lula, “vai dar apoio à rede varejista para baratear a venda do conversor”. Assim, acredita o presidente, “a adoção da nova tecnologia será acelerada, haverá aumento da produção nacional e os preços serão menores”.

Pode ser que as coisas decorram do modo imaginado pelo presidente. Mas é preciso não esquecer que, com a linha de apoio ao comércio varejista, o BNDES entraria numa área onde o volume de crédito cresce muito depressa e já preocupa os analistas do sistema financeiro. Nos últimos cinco anos, o volume de crédito cresceu à média anual de 20%, muito mais do que a renda média da população, o que pode resultar em dificuldades de pagamento dentro de algum tempo.

Mesmo que tudo funcione da maneira esperada pelo governo, a TV digital brasileira ainda carece de três das quatro novidades prometidas. Ela oferece imagens de alta definição (cuja qualidade só é observada em televisores preparados para isso), mas ainda não oferece interatividade (serviços semelhantes aos disponíveis na internet), multiprogramação (vários programas transmitidos simultaneamente num só canal) e mobilidade (recepção de sinais de TV aberta nos aparelhos celulares).

Fonte: Estado

BNDES confirma nova linha para TV digital

RIO e BRASÍLIA - O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou ontem que o varejo terá R$1 bilhão de crédito extra para financiar a redução dos preços dos conversores para a TV digital. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, também garantiu que haverá mais R$1 bilhão no BNDES para o varejo, além dos recursos para outras linhas ligadas à chegada da nova tecnologia. Desde o lançamento da TV digital, há um desencontro de informações sobre se esse crédito seria novo, adicional ao R$1 bilhão que o banco já ofereceu para desenvolver o sistema.

Domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que determinara ao BNDES que desenvolvesse um programa: “No valor de R$1 bilhão, ele irá dar apoio à rede varejista para baratear a venda do conversor”. Na manhã de segunda-feira, em entrevista sobre biocombustíveis, o vice-presidente do BNDES, Armando Mariante, foi perguntado sobre TV digital. Respondeu que “só sabia o que estava nos jornais”. À tarde, o banco informou que os lojistas haviam sido contemplados com uma nova linha dentro de um programa de apoio à TV digital já existente, e cujo orçamento é de R$1 bilhão. Ou seja, os recursos teriam de ser disputados com emissoras, produtoras de conteúdo e fabricantes, e estariam dentro do R$1 bilhão anunciado em fevereiro – do qual, no entanto, só foram contratados R$9 milhões. Enquanto isso, fontes do Executivo diziam que existia o R$1 bilhão adicional.

“Para que não paire nenhuma dúvida, venho a público esclarecer que o BNDES lançou uma nova linha de R$1 bilhão para financiar a rede varejista na comercialização dos conversores de TV digital, conforme anunciado pelo presidente Lula no domingo, 2 de dezembro. A nova linha (Protvd Consumidor) se insere no Programa de Apoio à Implementação do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (Protvd), em vigor desde fevereiro’’, disse Coutinho em nota. (AG)

Fonte: Correiodabahia

Varejo vê pouca vantagem em linha de R$ 1 bi para TV digital

A linha de financiamento de R$ 1 bilhão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para os varejistas que vendem conversores para a TV digital corre o risco de ter poucas redes interessadas. O motivo é que as taxas de juros oferecidas para as empresas captarem os recursos são as mesmas do programa Computador para Todos, criada no início de 2006, quando a Selic era 17,25% ao ano.

Agora, com a taxa em 11,25%, as condições não são mais tão atraentes. Além disso, o prazo de financiamento, que era de 30 meses na linha para os PCs, agora é de até 24 meses.

Frederico Trajano, diretor de marketing e vendas do Magazine Luiza, terceira maior rede varejista de eletros e móveis do país, avalia que, se o BNDES "não reduzir a taxa de juros, [a linha] não vai ter uma representatividade tão grande".

Ele lembra ainda que a produção de conversores não tem isenção fiscal, o que ajudou a diminuir o preço dos computadores populares. Nesta semana, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ratificou a intenção do governo de replicar para o conversor os incentivos, mas nada saiu do papel ainda.

Outros grandes varejistas preferiram não opinar sobre a linha do BNDES, mas, em algumas redes, as condições oferecidas ao consumidor já são iguais ou até melhores do que a imposta pelo banco estatal para conceder o empréstimo.

Para pagar TJLP (taxa de juros de longo prazo, atualmente em 6,25% ao ano) mais 1% ao ano de remuneração básica do BNDES, o varejista deve se comprometer a cobrar até 2% ao mês do cliente que comprar o conversor para TV digital.

No Extra, que faz parte do Grupo Pão de Açúcar, o consumidor já consegue comprar no cartão de marca própria da empresa em 24 vezes com juros de 1,99% ao mês. No Wal-Mart, o prazo é um pouco menor (18 meses), sem entrada, mas os juros são de 1,47% ao mês com o cartão Hipercard.

O consultor especializado em varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer, argumenta que haverá pouco interesse dos lojistas, já que as condições de crédito da linha de financiamento são piores e a procura pelos conversores ainda é restrita. "Tudo começa pela demanda do consumidor."

Para ele, "a TV digital foi muito mal lançada como produto" e muitos consumidores ainda confundem a novidade tecnológica com as disponíveis nas televisões de plasma e LCD de alta definição há anos no mercado.

Até o final de 2008, um estudo prevê que serão vendidos 3 milhões de conversores ou TVs com o aparelho já integrado. "Anualmente são vendidos no Brasil 12,5 milhões de TVs. Estamos falando em cerca de 10% disso", comentou Paulo Cury, da Condere, consultoria responsável pela projeção.

Fonte: Folha

Confira os bastidores da estréia da TV digital em São Paulo

"Só tem patrão aí dentro. Celso Portiolli, Luciana Gimenez... já, já aparece o Raul Gil!" Alexandre Araújo da Rocha, 31, desempregado, narrava no fim da tarde de ontem a chegada dos convidados à festa da TV digital.

Morador do centro da cidade, onde foi realizado o evento, na suntuosa Sala São Paulo, Rocha disse adorar a TV, mas com ressalvas. "Eles [os que aparecem na televisão] não são diferentes de ninguém. Só tem de diferente que eu sou viciado."

Dali a pouco, Raul Gil descia do carro. "Ih, não falei? Ei, Raul, aqui!" O apresentador acenou e foi recebido com palmas pelos cerca de 40 curiosos que apinhavam o lado oposto à entrada da festa. "O cara é cheio dos ouros."

Diógenes Muniz/Folha Online
Manifestantes protestam contra a estréia, classificada por eles de "balela"
Manifestantes protestam contra a estréia, classificada por eles de "balela"

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Antes do início do evento, marcado para as 20h30, manifestantes (menos de dez) distribuíram panfletos assinados pela Rede Paulista pela Democratização da Comunicação e da Cultura (http://sp.comunicacaoecultura.org.br). Eles classificaram a "revolução tecnológica" anunciada pelo governo de "balela". "Hoje a festa não é sua, nem nossa, é só das emissoras mesmo", provocava o panfleto.

Uma das manifestantes, Marcy Picanço, 27, criticou o fato de terem sido convidados apenas apresentadores, e não apresentadoras, para compor a bancada que representou as redes. "A transmissão já começou conservadora, só com homens. Poderiam ter chamado a Fátima Bernardes, que é mó pop. Também tem a Glória Maria, que é negra."

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Na cerimônia, jornalistas de seis redes falaram sobre a digitalização das transmissões. Ricardo Boechat (Band), Heródoto Barbeiro (TV Cultura), Willian Waack (Globo), Marcos Hummel (Record), Rodolfo Gamberini (Rede TV!) e Carlos Nascimento (SBT) foram convocados. A disposição no palco seguiu esta ordem, da esquerda para a direita, deixando Globo e Record lado a lado.

William Waack fez graça com o "clube do bolinha" durante sua fala: "Por enquanto a TV digital só tem homens, mas já vai mudar."

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Antes e depois da transmissão, famosos foram trocando piadinhas sobre o formato digital. "O que vai mudar daqui para frente? Vão perceber minha verdadeira idade. 78 anos!", disse o apresentador da Band Otávio Mesquita. "Coloca 178 anos no seu texto... vai ficar mais engraçado", pediu à reportagem.

Já Márcia Goldschmidt, que apareceu no clipe de lançamento da TV digital, disse não ter medo de sua imagem em alta definição. "Isso não me preocupa. Quem tem que se preocupar são os maquiadores", contou a uma repórter do SBT, rindo.

Não havia artistas de peso entre quem circulou pela festa. Além de executivos japoneses, jornalistas, funcionários e superintendentes de TVs, predominavam apresentadores de menor expressão, como Sônia Abrão, Leão Lobo e Regina Volpato.

Fernando Donasci/Folha Imagem
Âncoras das seis redes observam discurso do presidente Lula
Âncoras das seis redes observam discurso do presidente Lula

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A apresentadora Hebe Camargo confirmou durante a semana, por meio de sua assessoria de imprensa, que iria ao evento na Sala São Paulo. Não apareceu. Segundo sua assessora, ela não conseguiu se deslocar de um evento no parque Ibirapuera até o centro da cidade. Na estréia da televisão aberta, em 1950, Hebe também deu cano. A informação consta no "Almanaque da TV" (Ed. Objetiva, 2000). Na época, Lolita Rodrigues precisou cantar o hino nacional no lugar dela, na TV Tupi.

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Dentro da Sala São Paulo, dezenas de lugares ficaram vazios. Eram esperados 1.200 convidados, mas o número de presentes era visivelmente menor.

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Antes mesmo dos pronunciamentos oficiais, a ex-miss Renata Fan correu para a saída da Sala São Paulo. "Só vim para prestigiar os colegas, não vou poder ficar", alegou, esbaforida. Seu chamativo vestido rosa gerou alvoroço junto à turma da "geral", fora da sala de concertos. "Estou voltando para a Band. Vou entrar no ar daqui a pouco, vamos falar da queda do Corinthians para a segundona em HD [sigla de alta definicão, em inglês]", comemorou.

Divulgação
Apresentadora Hebe Camargo, no começo da TV e atualmente: nada de ir às inaugurações
Apresentadora Hebe Camargo, no começo da TV e atualmente: nada de ir às inaugurações

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No foyer da Sala São Paulo, o pastor R.R. Soares, que faz o teleculto "Show da Fé" (Band), exibia orgulhoso uma TV portátil, já sintonizada em digital. "Estamos esperando a autorização do governo para digitalizar a transmissão da RIT [Rede Internacional de TV]", contou, referindo-se ao seu canal evangélico que funciona no UHF.

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Além da promessa de R$ 1 bilhão para baratear os conversores com dinheiro do BNDES, feita por Lula, o único que tinha algo a anunciar era o presidente da TV Cultura, Paulo Markun. "Vamos começar, já em março do ano que vem, a utilizar a multiprogramação", revelou à Folha Online.

Em vez de transmitir em alta definição, a TV Cultura optou pela imagem Standard Definition (SD), que já é bem melhor que a atual. Assim, a Cultura poderá ter mais três programações diferentes, além da que já exibe.

O primeiro dos três canais a entrar no ar será o Univesp, Universidade Virtual do Estado de SP. A empreitada colocará em ação uma parceria entre USP, Unesp, Unicamp e Secretaria Estadual do Ensino Superior.

O novo canal exibirá telecursos, numa tentativa de ensino a distância. Markun também já planeja uma terceira grade no espectro da TV Cultura, voltada para o público jovem. "Nós, da TV pública, optamos pela multiprogramação, mas certamente essa não será a escolha das TVs comerciais", ponderou.

Diógenes Muniz/Folha Online
Ministro Hélio Costa fala à repórter da TV Gazeta; emissora não foi convidada
Ministro Hélio Costa fala à repórter da TV Gazeta; emissora não foi convidada

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A TV Gazeta, que não foi convidada para o evento, enviou uma repórter para a cobertura do lançamento da TV digital. Durante a transmissão em cadeia nacional, a emissora exibiu "Mesa Redonda", que registrou pico de 1,8 pontos no Ibope enquanto as outras mostravam a solenidade, segundo dados prévios.

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O ministro Hélio Costa foi um dos poucos, senão o único político a descer ao hall da Sala São Paulo para socializar após os pronunciamentos. Costa comeu salgadinho e bebeu. Conversou animadamente com o âncora Hermano Henning e com o apresentador Celso Portiolli. Atendeu aos jornalistas e, entre uma entrevista e outra, dizia: "Meu trabalho termina hoje, aqui. Minha função foi técnica."

Colaboraram: Thiago Faria e Livany Salles, da Folha Online

Fonte: Folha

Emissoras terão programação previsível na estréia da TV digital

A estréia das transmissões do sinal digital no Brasil, previsto para acontecer às 20h30 deste domingo (2), deve acontecer com uma grade previsível na maioria das grandes emissoras.

Oficialmente, a TV digital brasileira, que terá seu sinal transmitido apenas em São Paulo no domingo, começará com um pronunciamento do presidente Lula em rede nacional, com duração prevista em 12 minutos.

Após o lançamento oficial, apenas a MTV pretende colocar no ar um novo programa. A série de ficção "Casal Neura", dramaturgia que surgiu em 2006 como um quadro e atualmente fazia parte do programa "Neura MTV". A série fará sua pré-estréia com três episódios inéditos.

Nos primeiros momentos da TV digital no país, o SBT deverá transmitir em alta definição o épico "Alexandre, o Grande". Pela programação da emissora, o filme está previsto para as 20h42, logo após o pronunciamento oficial.

A Record, que também aposta em um filme para o domingo a noite --"Garfield, o Filme"-- deve iniciar com a segunda parte do "Domingo Espetacular" e, às 21h, transmite a série "Heroes".

Já a Globo anunciou durante a semana o filme "Piratas do Caribe - A maldição da Pérola Negra" em alta definição. A emissora pretende estrear as transmissões digitais oficiais com o "Fantástico", com o quadro "Mundos Invisíveis", do astrofísico Marcelo Gleiser.

Na Bandeirantes, o programa "Homenagem ao Artista", com o apresentador Raul Gil, deve ser interropido pelo pronunciamento oficial e voltar em seguida. O mesmo deve acontecer na TV Cultura com o programa "Vitrine", que será exibido a partir das 20h.

O programa esportivo "Mesa Redonda", com o apresentador Flávio Prado, deverá ser o primeiro programa oficialmente em sinal digital da TV Gazeta, enquanto na RedeTV!, a programação da emissora prevê o humorístico "Pânico na TV".

Fonte: Folha

Internauta diz que adesão à TV digital vai depender do custo

Os internautas disseram que a adesão da TV digital vai depender muito do seu custo. Essa foi a resposta da maioria dos internautas, 55,21%, que participou da enquete promovida pela Gazeta de Limeira.

Outros 24,26% disseram que pretendem aderir ao sistema e os restantes 20,54%, responderam que não, pois é muito caro. Na enquete desta semana, a Gazeta quer saber: O Corinthians consegue voltar à primeira divisão do Campeonato Brasileito já em 2008? As alternativas são: a) Sim e b) Não.

Para participar basta acessar o site gazetadelimeira.com.br e dar o seu voto. (ACB)

Fonte: Gazetadelimeira

TV pública em discussão com a TV Digital

A TV púbica é apenas a ponta do iceberg e qualquer proposta legislativa deve assegurar a competição e evitar o monopólio da produção de conteúdo, combatendo a verticalização. Esta é a posição da Associação Brasileira de Radiodifusores (ABRA), reafirmada em audiência realizada na Comissão de Ciência e Tecnologia no Senado Federal. Walter Ceneviva, consultor jurídico da ABRA, representou a entidade no encontro, que teve como objetivo discutir o projeto que altera a lei de TV a cabo a fim de reservar canal para o Executivo, destinado à criação da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Em relação à polêmica criada em torno da obrigatoriedade do carregamento (must carry) da TV Pública pelas TV’s a cabo, Ceneviva foi enfático ao afirmar que é um absurdo as operadoras de TV a cabo solicitarem uma indenização para prestar este serviço. “Como o governo brasileiro vai indenizar o capital mexicano?”, argumentou.

Além disso, para o representante da ABRA, a tendência é que haja um progressivo desinteresse pela TV paga, uma vez que, com o início da implantação da TV digital, as tvs abertas levarão gratuitamente a todo o país uma imagem em alta definição. O representante da ABRA ressaltou que “a digitalização vai mudar a configuração do mercado no Brasil”.

Dentro do cronograma oficial, apenas a cidade de São Paulo já assiste às transmissões digitais, que ainda podem levar cerca de um ano para chegar a todo o país.

Fonte: B2bmagazine

TV digital traz oportunidades para desenvolvedores de conteúdo

A chegada da TV digital deve abrir um bom leque de oportunidades para os desenvolvedores de conteúdo e aplicações — e mesmo trazer novos participantes para esse mercado. "Teremos mais opções do que se pode imaginar. Chegou uma nova mídia para ser trabalhada, que não acabará com as demais", defende o consultor em telecomunicações Huber Bernal Filho, diretor do Teleco.

Para o especialista, a parte interativa da TV digital, que ainda não está sendo explorada, será outro bom caminho para negócios, apesar de as emissoras provavelmente continuarem baseando suas receitas em publicidade. "Já ouvimos idéias de várias empresas. O Banco do Brasil, por exemplo, que sempre se preocupou em ser uma empresa pioneira em tecnologia, quer desenvolver uma aplicação de home banking para a nova mídia. Mas essa oferta deve contar com segurança, e isso não faz parte das estratégias das emissoras por enquanto", afirma.

Além da segurança, o consultor aponta também a falta de canais de retorno e o preço dos conversores como impeditivos para a prática da interatividade. "No primeiro caso, teria de partir do usuário fechar essa integração por meio de seu celular ou um dispositivo USB, porque as rádio difusoras muito provavelmente não contarão com canais de retorno por enquanto. Elas dependerão de parceiros ou do próprio usuário para realizar ações de marketing ou a venda de produtos, por exemplo", diz Bernal. "Os custos também são um grande problema. O conversor é muito caro, custa acima de R$ 500, e os mais simples e baratos não trazem recursos como memória e poder de processamento suficientes para a interatividade. E os aplicativos deverão ser desenvolvidos com base nos conversores de maior capacidade."

Apesar de considerar o custo do conversor como o ponto mais restritivo do novo sistema de transmissão de sinal, o consultor acredita que a TV digital será adotada por todos, "por falta de opção". "O brasileiro gosta mais de TV do que de geladeira. Se o aparelho está presente em mais de 90% dos domicílios, isso indica que as pessoas vão querer ter TV digital em casa.

Fonte: Decisionreport

TV Digital é lançada oficialmente no Brasil

Esse fim de semana marcou um novo rumo para a TV Brasileira. Em São Paulo, o presidente Lula fez o lançamento oficial da TV Digital, que, por enquanto, já está em funcionamento em São Paulo.

Num domingo histórico, no salão nobre da antiga estação de trens, o espetáculo inicia a turnê para 1200 convidados, mas que gradativamente vai chegar a 180 milhões de telespectadores. 57 anos depois de sua estréia nos lares, a TV brasileira passa por mais uma grande mudança.

O anúncio foi feito pela respeitosa bancada de ancoras de alguns dos canais de TV. Cada um falou um pouco; em resumo "A TV digital está no ar".

"O brasileiro que já é louco por TV, vai ficar ainda mais, porque a era digital chega para ficar", disse um dos âncoras presentes.

Na comitiva do presidente Lula - acompanhado da esposa, dona Marisa - vieram três ministros e o presidente da Câmara Federal. Os grandes nomes da TV também estavam presentes, e desta vez, comemoraram juntos os pontos - assim como os japoneses, detentores do sistema de TV digital adotado pelo Brasil, felizes com o investimento.

O presidente da Associação Brasileira de Radiodifusores, João Carlos Saad, acredita que este novo período será "uma era mais democrática, nós vamos ter mais canais pra distribuir. Você comprime um canal, então cabe mais gente dentro do mesmo lugar".

Além da alta definição de imagem a TV digital oferece interatividade com o telespectador, que pode até assistir pelo celular. Foi o que fez o ministro das Comunicações, Hélio Costa, logo após o fim da cerimônia.

"É uma grande revolução nas comunicações, e eu acho que só daqui a uns seis meses nós vamos poder avaliar a importância da TV Digital no Brasil", afirmou o ministro.

O serviço, por enquanto só está disponível para os moradores de São Paulo. Em 2009 chega a todas as capitais e em 2016 para todo o país. O conversor de TV Digital é o aparelho necessário para receber o novo sinal, mas o preço é que está fora da "freqüência". Duas empresas já anunciaram valores entre 500 e 1000 reais para cada aparelho.

O governo já está tomando medidas pra estimular a importação do conversor que deve chegar mais barato no comércio. A intenção é reduzir o custo do aparelho para algo em torno de 150 reais.

O presidente Lula explica: "determinei ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que desenvolva um programa de incentivo à implantação da TV Digital no valor de 1 bilhão de reais, ele irá dar apoio à rede varejista para baratear a venda do conversor".

A cerimônia, transmitida ao vivo, terminou com um vídeo comemorativo destacando personagens e momentos marcantes da TV brasileira.

Fonte: Cancaonova

Sony exibe TV digital em 8 pontos de SP

Pronunciamento explica a tv digital à população

Neste domingo à noite, as seis principais emissoras comerciais do país e a nova TV pública exibiram, ao mesmo tempo, um filme que explicando à população o que é a TV digital. A exibição aconteceu no mesmo momento em que uma cerimônia na Sala São Paulo, na capital paulistana, marcou o início da transmissão da TV digital no Brasil.

Logo depois da exibição do vídeo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou aos 1,2 mil convidados da cerimônia e à população em rede nacional. Nessa primeira fase, o sinal digital será transmitido apenas para o estado de São Paulo.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel Slaviero, a cerimônia registra o "marco zero" das transmissões da TV digital, um início simbólico, já que nem toda a população terá acesso a essa tecnologia neste primeiro momento.

"Consideramos isso o terceiro grande momento da televisão no país. O primeiro foi em 1950 com o início das transmissões, o segundo foi em 1972 com o início das transmissões em cores e agora em 2007. O início da televisão digital será a renovação deste que é o principal meio de comunicação de informação e entretenimento da população brasileira porque transmite de forma livre aberta e gratuita".

Para assistir à TV digital será preciso um conversor ou um televisor já adaptado, mas Slaviero reforçou que o telespectador que não puder ou não quiser adquirir os equipamentos não precisa se preocupar, já que as emissoras continuarão transmitindo em sinal analógico pelo menos até 2016. "Hoje não muda absolutamente nada. As emissoras continuarão transmitindo por um prazo mínimo de dez anos o seu sinal analógico e digital ao mesmo tempo", disse.

Aqueles que optarem por receber o sinal digital desde já ganharão a vantagem de uma imagem com alta qualidade e sem manchas, além do som limpo e claro, sem ruídos. Assim que o software Ginga, desenvolvido por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), atualmente em fase de testes, estiver pronto, outra vantagem será a interatividade. "A interatividade dará a possibilidade de o telespectador ver informações adicionais sobre o conteúdo da programação, guia de programas, notícias, informações sobre os capítulos das novelas, entre outras coisas", afirmou Slavieiro.

Neste primeiro momento, os conversores que estarão disponíveis no mercado não trarão o sistema Ginga, mas, segundo o presidente da Abert, a partir de 2008 os telespectadores que comprarem o conversor poderão ter acesso à interatividade pela televisão, podendo inclusive comprar produtos vistos nos programas ou até mesmo pagar contas por meio do aparelho.

"Essa é a segunda fase da interatividade, quando nós tivermos o software em sua plenitude com o Ginga e o canal de retorno que é a comunicação entre os telespectadores e a emissora funcionando".

Slaviero garantiu que haverá queda nos preços dos conversores. De acordo com ele, a queda nos preços e o aumento do acesso da população aos equipamentos será uma evolução gradual como todo processo de implantação tecnológica.

"Se lembrarmos quando o DVD chegou aqui no Brasil, o aparelho era vendido a R$ 3,2 mil e hoje encontramos a R$ 150, dividido em dez vezes. E o preço dos conversores, e mesmo o dos televisores com o conversor embutido, seguirá a mesma tendência. Na medida em que o Brasil tiver produção local e ganho de escala, esses preços certamente cairão".

Fonte: Agência Brasil

TV digital: escolha o seu modelo de conversor

O modelo mais barato custa 500 reais e oferece quase nenhuma funcionalidade.

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As transmissões da TV digital começaram na noite do último domingo - 2 de dezembro - na capital paulista em meio a falta de informações e desinteresse por parte dos usuários. Dados do Instituto Qualibest, por exemplo, mostram que 89% de uma amostra formada por 1.684 internautas sabem pouco ou nada sobre a tecnologia. Uma pesquisa realizada pelo IDG Now! constatou que 95% dos leitores não estão dispostos a pagar 700 reais (preço médio do conversor) para ter acesso ao sinal digital em suas televisões.

Uma das barreiras que vem sendo como impedimento para que a TV digital se torne mais atraente é alto preço do conversor. O modelo mais barato atualmente à venda, custa 500 reais (com quase nenhum recurso para o telespectador) e o mais caro, 1.199 reais.

Enquanto isso, quem está fora de São Paulo ainda terá de esperar. "A partir de janeiro, estamos também com a obrigatoriedade de entrar [com o sinal da TV digital] em Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Em julho do ano que vem, chegamos às demais capitais. A partir de dezembro de 2008, chegamos nas cidades-pólo no Brasil inteiro e em 2009, evidentemente, no resto do Brasil", afirmou o ministro das Comunicações, Hélio Costa, à Agência Brasil.

:: Clique aqui para ver os modelos de conversor disponíveis no mercado

Fonte: Pcworld

Globo fatura R$ 16 mi na estréia da TV digital, diz Daniel Castro

da Folha Online

Apesar de a TV digital ainda se limitar a poucos usuários na Grande São Paulo, a Globo já está tirando proveito comercial da nova tecnologia.

A emissora vendeu por R$ 16 milhões um pacote de inserções comerciais em alta definição (HDTV), informa o colunista Daniel Castro na edição da Folha de S.Paulo de hoje (conteúdo exclusivo para assinantes do jornal e do UOL).

O primeiro bloco desses comerciais foi ao ar no "Fantástico", logo após a estréia oficial das transmissões digitais no último domingo (2). As exibições prosseguem nesta semana nos programas em HDTV --"Duas Caras" e "Sessão Especial" (amanhã).

Entre os comerciais em alta definição, estão o do Bradesco com imagens da série "Planeta Terra", narrado por Wagner Moura. Itaú, Natura, Vale (duas), CEF, Telefônica e Ambev também compraram cotas de R$ 2 milhões cada, que dá direito a sete inserções na programação.

Fonte: Folha

TV digital decepciona as universidades

ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio

Depois da euforia inicial do meio acadêmico com a decisão do governo de implantar a televisão digital com inovações tecnológicas desenvolvidas no país, as universidades se decepcionaram com o atraso na liberação de recursos federais para custeio das pesquisas.

O Instituto Mackenzie, de São Paulo, aguarda há 16 meses a assinatura de um contrato de R$ 1 milhão com a Finep (Financiadora Projetos e Pesquisas, do Ministério da Ciência e Tecnologia) para construir a Estação Experimental da Televisão Digital, que medirá a qualidade de recepção dos sinais da TV digital transmitidos pelas emissoras.

A Finep disse que o contrato está em vias de ser assinado.

A estação deveria ter sido implantada antes do lançamento da televisão digital (ocorrida no último domingo, em São Paulo), o que não foi possível por falta de verba.

Segundo o coordenador do projeto, Gunnar Bendicks, professor da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie, uma das funções da estação será informar à população as áreas em que os sinais não funcionam. "As emissoras fazem a medição, mas não têm interesse em divulgá-las", diz ele.

A mais famosa contribuição da academia para a televisão digital, o software da interatividade, chamado de Ginga, teve as pesquisas custeadas pela PUC do Rio de Janeiro por vários anos. O projeto tem a participação da Universidade Federal da Paraíba.

Um dos criadores do Ginga, Luiz Fernando Gomes Soares, da PUC do Rio, diz que a descontinuidade dos programas leva à desarticulação das equipes de pesquisadores. Ele disse que o projeto também sofreu atrasos nos repasses da Finep.

Por isso o andamento das pesquisas também atrasa. O Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), de Santa Rita do Sapucaí (MG), assinou um convênio, de R$ 7 milhões com a Finep há cinco anos para desenvolver o laboratório de homologação dos sistemas de TV digital.

Segundo o presidente da Fundação Inatel, Adonias Costa, o projeto era de três anos, mas o prazo vem sendo adiado, por falta de verba. Ainda está pendente uma parcela de R$ 630 mil. A Finep alega que o Ministério das Comunicações não repassou o dinheiro.

Em 2004, o governo mobilizou as universidades para apresentar soluções tecnológicas para o sistema brasileiro de televisão digital. Foram formados 21 consórcios. As universidades dizem que quando essa etapa terminou, em 2005, faltou uma ação do governo para dar continuidade às pesquisas.

Ano da desarticulação

O ano de 2006, em que o governo fez a escolha pelo padrão japonês, é considerado como o da desarticulação dos projetos na área acadêmica.

As discussões passaram ao âmbito do fórum da TV digital, no qual indústrias e radiodifusores têm maior peso de votos, e cada universidade passou a agir isoladamente para tentar aprovar projetos na Finep.

O professor Marcelo Zuffo, do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da USP, que havia coordenado o consórcio de discussão sobre o terminal de acesso, apresentou à Finep projeto para desenvolvimento da caixa conversora (set top box) em janeiro de 2006.

A USP esperou uma resposta da Finep até outubro deste ano, quando foi comunicada da recusa do pedido.

"Foi um processo muito desgastante. A discussão da TV digital acabou politizada, e nosso papel é científico. Não recorremos da decisão da Finep, porque a TV digital já foi lançada, e inovação tecnológica exige "timing"", afirma Marcelo Zuffo Ele diz que a USP continua as pesquisas do conversor, com recursos próprios, e que deve anunciar uma novidade nessa área em breve.

O conversor é o "calcanhar de Aquiles" da TV digital, pelo seu alto preço. O equipamento chegou ao mercado com preços entre R$ 499 e R$ 1.100, e o próprio governo pediu que os consumidores não o comprem antes que o preço caia.

Fonte: Folha

Conheça TVs e conversores disponíveis para o sinal digital

Transmissão digital exige conversor de sinal ou televisão com set-top box integrado.
G1 fez uma seleção com equipamentos já disponíveis no mercado; confira.

O início da transmissão digital no Brasil vai abrir a porta para a introdução de novos equipamentos no mercado. A migração, no entanto, não vai ser imediata, pois os produtos serão adaptados a essa nova tecnologia gradativamente, e avanços devem chegar ainda em 2008.

Para receber os sinais digitais, o consumidor precisa, em primeiro lugar, de uma antena UHF. O próximo passo é escolher um televisor com set-top box integrado ou um set-top box externo, para que esse aparelho decodifique a transmissão para TVs “comuns” – sejam elas LCD, CRT (tubo) ou plasma.

Os produtos voltados à transmissão digital estão isentos de IPI (Imposto de Produtos Industrializados), segundo decreto do governo. As taxas, que variavam de 14% a 20%, ficarão temporariamente zeradas, mas poderão ser retomadas quando o governo decidir, e então o preço poderá aumentar.

No momento, a maioria dos equipamentos, desde o set-top box até televisores, é importada. A intenção da indústria é começar a produzir os equipamentos antes que o IPI volte a ser cobrado.

Confira opções de equipamentos:

Set-top box

Para receber o sinal digital, o usuário precisa de um set-top box, aparelho que vai decodificar o sinal enviado das emissoras para as TVs, sejam elas analógicas ou digitais. Ele pode ser externo, mas alguns fabricantes já anunciam TVs com o receptor integrado.

Os conversores lançados até o momento não têm o Ginga, sistema brasileiro desenvolvido para proporcionar novas opções de interatividade. Aparelhos com o Ginga devem chegar ao mercado em 2008.

O preço de um set-top box varia de acordo com suas características. Aparelhos com conexão HDMI (High Definition Multimedia Interface), necessária para a melhor resolução de imagem possível, são mais caros que os modelos básicos. O preço mais alto está associado à melhor qualidade.

A discussão sobre o preço levantou polêmicas. O ministro das Comunicações, Hélio Costa afirma que R$ 700 "é um disparate". "Se o terminal de acesso [set-top box] tiver os mesmos benefícios que foram dados ao computador popular, poderemos ter a caixinha conversora nos próximos meses por R$ 200", disse nesta quarta (28), em entrevista coletiva. Atualmente, os preços dos aparelhos vão de R$ 499 a R$ 1.200.

Arte G1

Os receptores móveis permitem que o sinal da TV digital seja recebido em laptops. Esses aparelhos, porém, não têm capacidade de gerar imagens em alta definição. Também será possível assistir à TV pelo celular, mas ainda não foram anunciados modelos de telefone com essa função no mercado brasileiro.

Arte G1

TV

Para aproveitar o máximo da qualidade de imagem e som, é necessário instalar o conversor digital em TVs de plasma ou LCD. Também existem televisores de tubo (CRT) compatíveis com a tecnologia digital e capazes de reproduzir imagens em alta definição.

Os modelos LCD suportam uma variedade maior de dimensões -- inclusive em aparelhos pequenos --, ao contrário do plasma, comum em televisores com mais de 40’’. TVs de plasma consomem cerca de 7% a mais de energia, e são recomendados a ambientes mais escuros. Veja alguns modelos disponíveis no mercado.

Arte G1

Outra opção é comprar uma TV com o conversor digital integrado. Dessa forma, o aparelho recebe o sinal digital automaticamente, sem necessidade de conversão. Esse recurso só está disponível em TVs de plasma e LCD. Confira os primeiros modelos do mercado.

Arte G1

Comprar ou esperar

A transmissão digital é gratuita, mas o investimento em equipamentos pode levar o usuário é questionar: é melhor comprar agora ou esperar? A resposta não é simples, e depende das expectativas do consumidor.

Quem montar um conjunto para recepção digital já em dezembro terá à disposição os benefícios da nova tecnologia: mais qualidade de imagem, de som, e interatividade.

O usuário que decidir esperar poderá escolher entre mais modelos de set-top box e televisores. Além disso, o preço dos produtos deve cair conforme as empresas apresentarem novos aparelhos e a concorrência aumentar.

Como assistir

A experiência de “alta definição” da TV Digital não termina com a compra dos aparelhos. Para obter o máximo de qualidade com uma TV Full HD (resolução de 1.920 x 1.080), o telespectador deve preparar adequadamente sua sala de estar.

A distância até a televisão, por exemplo, deve ser 3 vezes a altura da tela, recomendam especialistas. Uma TV LCD de 32’’ pede uma distância de 3 metros – a de 70’’, 6 metros. Essa distância é calculada para que as imagens preencham o campo de visão do usuário sem perder a qualidade.

O sistema de som também deve ser planejado. Para aproveitar a saída de som 5.1, que usa seis caixas, o usuário deve colocar os aparelhos na formação correta, com duas caixas traseiras, duas laterais e uma central, além do subwoofer.

Fonte: G1.globo

TV por assinatura vai ter conversor digital por R$ 800

TATIANA RESENDE
da Folha de S.Paulo

Os assinantes de TV paga terão que desembolsar R$ 799 para ter acesso à TV digital aberta, que começa a ser transmitida amanhã apenas na Grande São Paulo. Esse é o valor do único decodificador híbrido (ou seja, com o conversor para TV digital aberta já embutido) anunciado até agora, da Net Serviços.

A TVA vai anunciar seu novo decodificador até março, que será cedido sem custo para os assinantes que compraram por R$ 899 o aparelho lançado em junho do ano passado --já apto a receber o sinal digital e em alta definição da TV paga (disponível em apenas um canal), mas não da TV aberta. Para os outros assinantes, o gasto vai variar com o pacote e o tempo em que é cliente da empresa, mas o preço não foi informado. A Sky afirmou que vai lançar o novo equipamento ao longo de 2008.

Com 46% do mercado de TV por assinatura, a Net aposta na fidelização do cliente com o lançamento do novo decodificador. O preço se refere ao valor de adesão, pois o aparelho será cedido em comodato --logo, terá que ser devolvido se o assinante cancelar a TV paga.

Segundo Márcio Carvalho, diretor de produtos e serviços da empresa, o aparelho já tem um software que dispensa a troca quando a interatividade plena (envio de dados do telespectador para a emissora) estiver disponível.

O programa foi desenvolvido fora do Brasil e é equivalente ao nacional Ginga, que vai permitir essa interatividade na TV aberta, mas que ainda não está sendo produzido comercialmente. Por isso, os conversores que estão chegando ao varejo terão que ser trocados porque não será possível adaptá-los.

O conversor mais barato, para a TV digital aberta, disponível no mercado para TVs de LCD e plasma de alta definição (1.080 linhas) custa R$ 700, ou seja, R$ 100 a menos do que o novo decodificador da Net.

Questionado sobre o subsídio da empresa ao aparelho, Carvalho disse apenas que "a Net também está fazendo um investimento", assim como o cliente, mas não revelou o valor, que deve ser bem alto para tornar o assinante fiel.

O produto foi fabricado pela Cisco Systems no México e entregue nos Estados Unidos, cabendo à TV por assinatura a importação, de acordo com Carvalho, o que livraria os decodificadores das suspeitas de importação irregular na investigação da Polícia Federal.

Atualmente, a Net, assim como outras TVs por assinatura, já têm transmissão digital, mas não em alta definição, o que só será possível com o novo decodificador. Vale lembrar, no entanto, que há pouco conteúdo sendo produzido em alta definição nas emissoras de TV aberta e por assinatura no Brasil, logo não haverá diferença na maior parte do tempo.

A aquisição do aparelho não é recomendada para quem TVs de tubo (480 linhas) porque a imagem exibida já é a melhor possível com essa televisão. Para quem possui TVs de plasma ou LCD, é preciso ter pacotes a partir de R$ 119,90, nos quais o assinante já tem a chamada Net Digital e, agora, vai poder ter também a alta definição.

O cronograma da troca seguirá o da transmissão da TV digital aberta, com previsão de chegada ao Rio de Janeiro em abril ou maio e, em todas as cidades brasileiras, até 2013.

O aparelho pode ser solicitado a partir de hoje na Grande São Paulo, mas a instalação só começa em duas semanas, assim como a transmissão do canal da Globosat com toda a programação em alta definição, que será uma miscelânea de programas de outros canais transmitidos ainda em definição padrão.

Fonte: Folha

Faltam conversores na estréia da TV digital

SÃO PAULO - A transmissão digital começa hoje na grande São Paulo, mas o comércio não está bem preparado para atender aos consumidores que querem contar com a tecnologia já na primeira exibição. O televisor com o conversor embutido está em falta.

Foi encontrado à venda pela reportagem, mas o consumidor precisa esperar até 20 dias a entrega do produto ou se contentar em levar para casa o item do mostruário (Samsung, 52 polegadas, por R$14.999 à vista). A Casas Bahia tem dois modelos de televisores digitais em exposição – LG e Samsung – na Super Casas Bahia, megaloja de Natal da rede, mas diz que os aparelhos “só estarão à venda quando os fabricantes disponibilizarem” os produtos. Os conversores – que permitem que as TVs já disponíveis no mercado recebam o sinal digital - começaram a ser vendidos apenas poucos dias antes do início da transmissão. Em alguns lugares, como no Ponto Frio, a venda só começa amanhã. Ontem, Extra e Wal-Mart iniciaram as vendas de conversores, mas sem previsão da chegada das TVs com o equipamento. O Carrefour passaria a vendê-los hoje, e as Lojas Americanas, no dia 12. (Folhapress)

***

Consumidor gastará no mínimo R$500

SÃO PAULO - Não é só a área geográfica que vai limitar o número de pessoas com acesso à TV digital aberta. Com a transmissão do sinal restrito à grande São Paulo, por enquanto, e com previsão de cobrir todo o Brasil apenas em 2013, o sucesso da novidade vai depender do investimento dos consumidores em novos aparelhos (pelo menos R$500), que podem não funcionar nas chamadas áreas de sombra. Diferentemente do sinal analógico, em que a recepção é possível mesmo com chuviscos e fantasmas, o digital pega ou não pega, sem meios-termos.

O representante de um dos fabricantes consultados pela reportagem, que preferiu não se identificar, disse que não há vantagens em comprar logo uma TV com conversor embutido porque, quando a interatividade plena (envio de dados para a emissora) for possível, o televisor terá que ser novamente trocado para usufruir dessa interação, assim como os conversores, mas, pelo menos com esses, o “prejuízo” será menor.

Por todas essas limitações, os órgãos de defesa do consumidor aconselham os telespectadores a esperar um pouco mais para entrar no “mundo digital”. Para Luiz Fernando Moncau, advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), “o melhor é esperar”. Conforme orientação no site da entidade, “a ordem é não se afobar e não comprar aparelhos que prometem muito e, no fundo, pouco fazem”. A Fundação Procon-SP, ligada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do estado, vai monitorar as vendas de conversores e televisores com o aparelho já embutido e fazer fiscalizações em breve para avaliar as informações que constam no manual de instruções, nas embalagens dos produtos e como os clientes estão sendo atendidos pelos vendedores das lojas. Carlos Coscarelli, assessor-chefe da entidade, argumenta que é o consumidor quem deve decidir se a compra vale a pena, mas ele tem de estar bem informado para fazer essa escolha conscientemente. (Folhapress)

Fonte: Correiodabahia

Câmara aprova participação das teles em empresas de radiodifusão

TV aberta e rádio serão tratados em legislação específica. As propostas também pretendiam legislar sobre a internet, mas a opção foi deixá-la de fora neste momento.

Por Redação do COMPUTERWORLD*
26 de novembro de 2007 - 08h10

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira passada (22/11) a norma que regula as TVs por assinatura, inclusive o IPTV, modelo acessado pela internet. O texto aprovado permite às empresas de telefonia fixa e móvel o direito de possuir até 30% do capital das empresas de radiodifusão, de produção ou de programação de conteúdo audiovisual brasileiro. As operadoras de telefônicas, no entanto, não poderão exercer qualquer forma de influência na administração, na gestão das atividades ou no conteúdo da programação dessas empresas.

As empresas de produção e programação de conteúdo audiovisual brasileiro também poderão contar com a participação de até 30% de capital estrangeiro. Em qualquer caso, os restantes 70% deverão pertencer a brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos. Caberá a estes exercerem, obrigatoriamente, a gestão das atividades e estabelecer o conteúdo da programação.

O texto aprovado é o substitutivo do relator, deputado Wellington Fagundes (PR-MT), que aproveitou sugestões do Projeto de Lei 29/07, do deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC); e dos PLs do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) e do deputado João Maia (PR-RN). O relator acatou 21 das 32 emendas apresentadas ao substitutivo.

Por acordo, foram excluídos da aplicação da norma os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens, como pretendiam os projetos de lei. Rádio e televisão aberta serão tratados em legislação específica. As propostas também pretendiam legislar sobre a internet, mas a opção foi por deixá-la de fora da aplicação da norma devido às características próprias da rede mundial de computadores, que impossibilita regular conteúdos produzidos, distribuídos e acessados em todo o mundo.

Conteúdo nacional
Outro dos principais itens aprovados prevê que no mínimo 50% da programação total de cada operadora de TV deverá ter conteúdo nacional, sendo que 10% desse percentual deverão ser gerados por produtores independentes. A proposta pode parecer impraticável - até mesmo pela falta de produtora para suprir tanto conteúdo -, mas a inclusão desse item garantiu a aprovação da matéria.

* Com informações da Agência Câmara

A proposta original era muito mais radical, pois previa que todos os canais da TV paga deveriam veicular pelo menos 20% de conteúdo nacional. Isso praticamente inviabilizaria a transmissão no Brasil de canais internacionais como a CNN, BBC, NHK e outros que, por definição, têm conteúdo internacional.

Assim, de acordo com o texto aprovado, desde que a soma total da programação da operadora atinja 50% de conteúdo nacional, alguns canais poderão ter 100% de conteúdo nacional e outros 10%, 20% ou mesmo nenhum conteúdo produzido por brasileiros.

Princípios e fiscalização
O substitutivo define os seguintes princípios da TV por assinatura:
- promoção da diversidade de opiniões;
- incentivo ao lazer, entretenimento e desenvolvimento social e econômico do País;
- divulgação da cultura universal, nacional e regional; e
- estímulo à produção independente que objetive a divulgação da educação, das artes e da cultura nacional e regional.

O texto aprovado considera que é livre, em todo o território nacional, a produção de conteúdo audiovisual eletrônico. A manifestação do pensamento, a criação, a liberdade de expressão e o acesso à informação não sofrerão qualquer restrição ou censura de natureza política, ideológica e artística.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se encarregará da fiscalização do cumprimento dessas normas, no que se refere às atividades de distribuição de conteúdo, e a Agência Nacional de Cinema (Ancine) fiscalizará seu cumprimento quanto às atividades de produção, programação e empacotamento (constituição de um pacote de canais). A proposta adapta ainda aspectos da Lei Geral de Telecomunicações (Lei 9.472/97) a itens desta regulação das TVs por assinatura.

O projeto ainda será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Computerworld

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Tire suas dúvidas sobre a TV digital

Transmissão será gratuita, mas aparelhos de TV atuais precisam de adaptação.
G1 preparou série de perguntas e respostas para você entender essa novidade.

A TV digital estréia no próximo domingo (2) na grande São Paulo. Para esclarecer as dúvidas relacionadas a essa nova forma de transmissão das emissoras abertas, o G1 elaborou um tira-dúvidas da TV digital, com as principais questões sobre o tema. Confira abaixo como funciona essa tecnologia e, em seguida, um guia completo de perguntas e respostas.

Perguntas e respostas

Quando começa a TV digital?
A TV digital será lançada oficialmente na grande São Paulo no dia 2 de dezembro. Depois disso, essa nova tecnologia de transmissão vai se expandir para outras regiões do país. De acordo com o Fórum Brasileiro de TV Digital, até 2013 a novidade deve estar disponível em todo o Brasil. A previsão é que, no semestre que vem, esteja disponível também no Rio de Janeiro.

O que muda com a TV digital?
As principais mudanças trazidas por essa novidade são imagem e som de maior qualidade, além de mobilidade, portabilidade, multiprogramação e também a possibilidade de o telespectador interagir com os programas da TV. Saiba mais.

A TV digital é gratuita?
Sim, essa forma de transmissão é gratuita. Porém, para acessar os canais em alta definição, é necessário ter um conversor digital (set-top box) ou uma TV já adaptada e uma antena UHF. Para obter a melhor qualidade das imagens de alta definição, também é preciso ter um aparelho de TV com tecnologia Full HD (1.920 x 1.080).

Quanto se gasta para comprar esses equipamentos?
Depende do nível de qualidade desejado. O gasto pode ficar entre R$ 200 (se o governo atingir seu objetivo de reduzir os preços) e R$ 1,1 mil, na compra do conversor digital. Se o usuário preferir qualidade digital em TV de plasma ou LCD, gastará de R$ 2 mil a R$ 270 mil. TVs modernas, com o receptor digital integrado, devem ter preço de 10% a 15% maior que os modelos correspondentes sem o receptor. Com o tempo, os preços devem diminuir.

Serei obrigado a migrar para a TV digital?
Não, pelo menos nos próximos anos. De acordo com o decreto 5.280 (29 de junho de 2006), a transmissão analógica só deve deixar de existir em 29 de junho de 2016. Até lá, os telespectadores poderão continuar assistindo à TV com transmissão analógica.

Vou poder gravar a programação?
Sim, mas o usuário estará sujeito às leis de direitos autorais e às regras dos detentores de conteúdo.

A TV digital também vai transmitir programas antigos?
Sim. Os canais transmitidos digitalmente terão exatamente a mesma grade de programação que as suas versões transmitidas de forma analógica -- a imagem das “velharias” também será melhor na TV digital, pois ela elimina sombras e interferências que ocorrem durante a transmissão da emissora para as residências. Os programas já produzidos para a TV de alta definição terão melhor qualidade que os demais.

Essa nova forma de transmissão está disponível para canais a cabo?
Não, porque tratam-se de meios diferentes: a TV digital trafega pelo ar, enquanto a outra trafega por cabos espalhados pela cidade. No entanto, a NET anunciou um decodificador que levará a seus assinantes essa transmissão em alta definição dos canais abertos.

Essa nova forma de transmissão está disponível para aqueles que têm parabólica? Não. A TV digital é uma forma de transmissão da TV chamada aberta. A transmissão por satélite (antena parabólica) já é digital, mas trata-se de um sistema diferente. Por isso, os telespectadores que usam antenas parabólicas não terão acesso à nova forma de transmissão de alta definição que estréia neste domingo (exceto se o serviço contratado esteja preparado para receber alta definição e repasse isso para o telespectador).

Todas as funcionalidades da TV digital estarão disponíveis na estréia?
No início, a transmissão digital no Brasil terá como foco som e imagem digitais. Também na época da estréia, será possível assistir à TV em dispositivos portáteis, assim que colocados à venda no mercado. Depois, com o passar do tempo, a interatividade deve ganhar força.

O que é mobilidade?
Mobilidade é a transmissão digital para televisores portáteis, como por exemplo aqueles utilizados em veículos.

O que é portabilidade?
Portabilidade é a transmissão digital para dispositivos pessoais, como PDAS e celulares.

Como será a interatividade?
As possibilidades são inúmeras. Com o controle remoto, por exemplo, os usuários poderão votar, responder a testes, acessar mais informações sobre os programas e, futuramente, até comprar produtos anunciados na televisão. Tudo será feito por meio de um sistema desenvolvido no Brasil, o Ginga, que possivelmente não estará disponível nos primeiros conversores. Por isso, as possibilidades de interação devem estar disponíveis pouco depois da estréia da TV digital.

O que é multiprogramação?
É a possibilidade de as emissoras transmitirem mais de um programa simultaneamente - ou até mesmo ângulos de câmera diferentes em um jogo de futebol. Isso dá às emissoras flexibilidade para explorar desde alta definição até vários programas dentro de um mesmo canal.

Quais as especificidades do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD-T)?
O padrão brasileiro para a transmissão de imagens tem como base o padrão japonês, que viabiliza a mobilidade, portabilidade e alta definição. As principais adaptações do modelo nacional estão ligadas ao tipo de compressão dos arquivos (H264) e ao desenvolvimento de um sistema de interatividade próprio (Ginga).

A tecnologia de compressão de arquivos adotada pelo Brasil, chamada H264, consegue enviar maior quantidade de dados que o modelo japonês (MPEG2) sem aumentar o tamanho do arquivo. Isso resulta em conteúdo de maior qualidade com a mesma velocidade de transmissão de dados.

Outra mudança do padrão brasileiro é a adoção do Ginga, sistema de interatividade nacional desenvolvido em parceria pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Posso comprar no exterior um equipamento para assistir à TV digital no Brasil?
Não. O sistema de TV digital adotado será exclusivo do Brasil. Por isso, os equipamentos comprados no exterior não vão funcionar por aqui, a não ser que sejam fabricados no exterior de acordo com as especificações brasileiras. Essa restrição vale para televisores portáteis, telefones celulares, conversores digitais e aparelhos de TV com conversor integrado.

Como faço para acessar a TV digital?
É necessário adquirir um conversor digital e ter também uma antena UHF. As emissoras de São Paulo, que realizam a transmissão analógica em VHF, terão também canais UHF para a transmissão digital. Graças a uma função chamada “canal virtual”, não será necessário decorar novos números: ao digitar 5, por exemplo, o conversor sintonizará a TV Globo transmitida digitalmente (na realidade, correspondente ao canal 18 no UHF).

Vou precisar de um aparelho novo para ver a TV digital?
Provavelmente, não. Quase todos os aparelhos fabricados nos últimos anos têm entradas para áudio e vídeo, que são necessárias para o funcionamento do set-top box (conversor). No entanto, a qualidade das imagens varia. Se quiser tirar o melhor proveito da alta definição oferecida pela TV digital, é necessário ter uma televisão com tecnologia Full HD.

A TV digital muda o formato dos programas?
Sim. Isso acontece porque os programas gravados e transmitidos em alta definição têm formato 16:9 (relação entre largura e altura da tela), como acontece no cinema. Na transmissão analógica, o formato é mais quadrado: 4:3. Com a TV digital, será possível ver mais áreas de uma cena nos televisores modernos - assim, as emissoras terão de se preocupar com o que aparece nas áreas laterais, que antes não eram exibidas.

Como vou assistir a programas no formato 16:9 em telas 4:3 e vice-versa?
Se não quiser distorcer as imagens, a solução será o uso de faixas pretas nos cantos da tela, pois programas em alta definição (formato 16:9) terão como alvo os aparelhos de TV com “tela de cinema” (também 16:9). Quando um programa antigo (4:3) for exibido em uma TV moderna (16:9), as faixas pretas ficarão nas laterais. Quando um programa em alta definição (16:9) for exibido em uma TV antiga (4:3), as faixas aparecerão em cima e embaixo da tela. Todas essas opções dependerão das funções disponíveis no aparelho de TV utilizado para recepção.

Foto: Editoria de Arte / G1
O televisor digital com transmissão digital reproduz a imagem com melhor qualidade (Editoria de Arte / G1)

O som dos programas vai mudar com a TV digital?
Sim, porque os arquivos digitais de música não perdem qualidade durante a transmissão. Além disso, os telespectadores que tiverem home theaters em suas casas poderão usar sistema de som com áudio em 5.1 para assistir a programas de TV produzidos em alta definição, assim como já acontece com os DVDs.

Fonte: G1.Globo

O que muda com a TV digital?

A mudança mais visível da TV digital, que começa a ser transmitida em São Paulo neste domingo, é a qualidade de imagem. A TV analógica é sujeita a ruídos e interferência nas transmissões. Nas grandes cidades, o sinal é refletido pelos prédios e chega em múltiplas cópias, com atraso, aos receptores, ocasionando os famosos "fantasmas" na imagem. Em casa, aparelhos como liquidificadores, secadores de cabelos e máquinas de lavar podem causar interferência na imagem, como "chuviscos", quando ligados. Antenas internas são ineficientes (apesar da palha de aço...), e para receber uma boa imagem você precisa investir em uma antena externa ou, em prédios, em uma antena coletiva.

A TV analógica é sujeita a estes problemas porque a imagem é codificada como variações na frequência, amplitude e intensidade de um sinal de rádio. Qualquer aparelho ou transmissor operando em uma frequência próxima pode distorcer o sinal. E se ele estiver fraco, a TV não consegue decodificar a imagem.

Já as transmissões digitais são uma longa corrente (stream) de bits, zeros e uns. Variações no sinal não afetam a imagem, já que algoritmos de correção de erros permitem reconstruir (até certo ponto) pedaços do sinal que porventura tenham sido corrompidos ou perdidos.

A intensidade do sinal não é crucial, basta que ele esteja presente. É como quando você está falando ao celular. Não importa se a tela mostra a força do sinal como cinco ou três barrinhas, você ainda consegue falar, desde que haja barrinhas (ou sinal)

Mas ao contrário do que a indústria diz, a recepção não é apenas "zero ou um". Se houver perda severa de parte do sinal, a imagem na tela pode se tornar um amontoado de quadradrinhos coloridos, o áudio pode engasgar ou tudo pode congelar. Quem tem TV via satélite, como Sky ou DirecTV, ou já tem sinal digital na TV a cabo, provavelmente já viu algo semelhante acontecer durante uma tempestade mais forte.

Resolução

As transmissões de TV digital no Brasil poderão ter resolução de 720 ou 1.080 linhas. A maioria das emissoras irá transmitir em 720 linhas: o equipamento de captura é mais barato (câmeras de 1.080 linhas custam uma pequena fortuna) e o número de televisores capazes de trabalhar com 1.080 linhas, chamados "full HD", ainda é muito pequeno, já que são muito caros.

O áudio é estéreo, mas pode chegar a 5.1 canais em ocasiões especiais, dependendo da emissora. Provavelmente este recurso será usado durante a transmissão de filmes, que já têm o som gravado neste formato.

As emissoras devem optar por transmitir novos programas em proporção 16:9 (widescreen), formato de tela de praticamente todos os aparelhos de TV de alta definição no mercado. Programas mais antigos, ainda gravados em definição padrão, poderão ser retransmitidos em 4:3 (a proporção de tela atual) com barras pretas nas laterais da tela, para não deformar a imagem.

O padrão também define um sistema de guia eletrônico de canais, que vai acabar com a necessidade de comprar o jornal para saber a programação da semana. As emissoras podem transmitir, junto com o sinal, um conjunto de dados com o nome, descrição e horários dos programas que serão exibidos no dia.

Cabe ao receptor (set-top box) exibir estas informações na tela no formato de uma "grade" tradicional. A Semp-Toshiba já demonstrou dois receptores equipados com este recurso, e a Rede Globo já transmite os dados junto com seu sinal experimental.

Modelos mais avançados poderão, no futuro, permitir buscas por um determinado programa na grade, e até mesmo programar alarmes para lhe avisar (ou ligar a TV automaticamente) assim que seu programa favorito começar. Tudo depende dos fabricantes.

Fonte: Tecnologia.uol

Saiba como escolher produtos para receber a TV digital em casa

Saiba como escolher o que melhor atende as suas expectativas.

Você já está equipado para a estréia da TV digital, no próximo domingo (02/12)? Como a esmagadora maioria dos paulistanos, que terão acesso em primeira mão ao sinal digital aberto no Brasil, provavelmente não. O motivo é óbvio: os primeiros equipamentos prontos para receber o sinal digital começaram a chegar às prateleiras apenas nesta semana. Portanto, quem quiser assistir a esse momento histórico da TV brasileira no conforto da sua sala terá que correr às lojas para garantir sua TV ou conversor.

O preço do pioneirismo é alto: o conversor para TVs convencionais mais simples do mercado, fabricado pela brasileira Positivo, custa 500 reais, e ainda deixa a desejar em alguns quesitos, como alta definição (o aparelho transmite apenas em definição padrão). Os equipamentos que recebem o sinal em full HD - com 1080 linhas de resolução - custam a partir de 700 reais.

Os primeiros set-top boxes - como são conhecidos estes aparelhos - também virão desprovidos de um dos recursos mais celebrados da TV digital: a interatividade. Como middleware Ginga, software que funcionará como sistema operacional dos conversores e suportará as aplicações de interatividade, ainda está em fase de testes, quem comprar os primeiros conversores não terá interatividade.

O mesmo vale para os televisores com receptor embutido - os poucos modelos disponíveis no mercado não saem por menos de 8 mil reais. Também é preciso lembrar que a imagem recebida pelo sinal digital terá melhor qualidade mesmo na TV de tubo, mas para receber as transmissões em alta definição, com toda a qualidade oferecida pelo sistema, além do conversor, será preciso ter uma TV full HD - as mais em conta custam por volta de 6 mil reais.

Não se esqueça que tanto no caso dos coversores quanto das TVs com receptor também é necessário ter uma antena UHF - a Philips oferece um modelo interno, por 40 reais, e um externo, por 109 reais.

Os receptores USB para computadores são uma opção para quem quer economizar - custam a partir de 370 reais -, mas têm limitações: eles captam o sinal voltado a aparelhos móveis, portanto a resolução da imagem é menor.

Segundo a área de engenharia da Tectoy, a resolução máxima oferecida por um receptor móvel é de 320 x 240 pixels, o que corresponde a um quadro de mais ou menos 10 cm x 8 cm. A imagem poderá ser aumentada para caber na tela cheia do computador, mas perde qualidade.

Os fabricantes também estão prometendo equipamentos móveis - como televisores portáteis e laptops - para TV digital, mas nenhum deles estará à venda nas lojas antes da estréia. Quem quiser uma TV digital portátil, terá que esperar pelo menos até o Natal.

Preparamos um guia com os produtos prontos para a TV digital disponíveis no mercado, mas antes de colocar a mão no bolso, confira algumas dicas para não sair no prejuízo:

1. Não caia no golpe dos aparelhos “prontos” para a TV digital
Muita gente que comprou as TVs vendidas pelo varejo ao longo do último ano como “prontas” para a TV digital vai ter uma ingrata surpresa ao perceber que não basta ligar qualquer televisão LCD - mesmo as de alta definição, conhecidas como HDTV - para receber o sinal digital.

A frustração será ainda maior quando o consumidor que levou gato por lebre se der conta de que terá que desembolsar mais 500 reais - no mínimo - por um conversor para assistir a transmissão digital na sua novíssima - e caríssima - TV.

O que as lojas vendem como equipamentos “prontos” para a TV digital (do inglês “HD ready”) são, na maioria das vezes, TVs com maior resolução (a partir de 720 linhas) que as tradicionais (que têm no máximo 480 linhas) e que, portanto, receberão o sinal digital com maior qualidade.

As primeiras TVs com receptor embutido de fato - até o momento, são apenas seis modelos, dois da Samsung, dois da Philips e dois da LG - chegaram apenas nesta semana às lojas, portanto qualquer TV comprada antes dessa data vai precisar de conversor.

Na hora de comprar uma TV, certifique-se se ela tem ou não o receptor embutido.

2. Verifique qual é a resolução da TV antes de levar para casa
Se você quiser receber a transmissão digital na maior qualidade possível, não basta comprar um aparelho “HD ready” - ou “pronto” para a TV digital - com 720 linhas de resolução horizontal. Você vai precisar de uma TV full HD, com 1080 linhas horizontais de resolução.

Lembre-se, contudo, que os conteúdos transmitidos em full HD pelas emissoras serão restritos, pois os custos de produção no formato são maiores. Provavelmente você só poderá ver alguns programas - novelas, partidas de futebol e filmes - em alta definição na sua máquina possante.

3. Conversor não é “tudo a mesma coisa”
A função básica é a mesma - receber o sinal digital -, mas os conversores oferecem recursos bastante distintos. Alguns suportam alta resolução, enquanto outros oferecem apenas definição padrão - ou seja, qualidade de imagem inferior.

Também é importante notar que tipo de conexão o aparelho traz. Se você for ligá-lo a uma TV de alta definição, precisará de uma saída HDMI (High Definition Multimedia Interface). Se for ligá-lo ao computador (para gravar conteúdos no disco rígido, por exemplo, ou para acessar fotos, vídeos e músicas no do computador) vai precisar de uma interface USB.

4. Quem sai na frente, paga o preço da inovação
Não se frustre se daqui a um ano encontrar nas prateleiras um conversor com muito mais recursos que o seu, pela metade do preço. É assim com todos os equipamentos eletrônicos, e assim será com os conversores e equipamentos para TV digital em geral.

Com a massificação da produção e com a estréia do sinal em mais regiões do País, os preços devem cair. Não se esqueça que os primeiros aparelhos de DVD eram maiores que um videocassete e custavam mais de mil reais, enquanto hoje é possível comprar
um DVD player muito mais completo e compacto por um décimo deste preço.

Faça as contas e decida se vale a pena pagar mais para sair na frente.

Fonte: Pcworld

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Descubra se vale a pena entrar na onda da TV digital

Começam neste domingo (2/12) as transmissões da TV digital brasileira, em meio a uma verdadeira confusão que ainda paira sobre a cabeça dos telespectadores. Pouca gente sabe direito o que é a TV digital, como funciona e o que vai precisar para ver as tais imagens em alta definição.

A mudança mais visível é a qualidade de imagem. Há quem acredite que uma TV LCD é automaticamente uma TV digital, o que é errado; que será necessário comprar uma TV nova e enorme para assistir, o que também é errado; ou que a TV digital vem por meio de uma conexão à Internet, ou tem alguma ligação com ela (errado de novo).

O UOL Tecnologia buscou as principais dúvidas, separou o que é novidade do que é mera tentativa de lhe vender um televisor novo e apresenta a seguir um mapa para que você se oriente diante da nova sopa de letrinhas que chega ao mundo da TV (navegue pelo menu ao lado).

A boa notícia é que, para poder aproveitar toda a qualidade de som e imagem da TV digital, você não vai precisar trocar sua velha TV de tubo. A má é que, se quiser entrar na onda agora, vai ter de gastar com alguns equipamentos, e bem mais do que originalmente se esperava.

Na verdade, o processo é simples: para receber os sinais digitais em sua casa, você só precisa estar em uma área com cobertura de sinal (inicialmente em São Paulo, e ao longo de 2008 em todas as capitais), de um receptor e de uma antena UHF comum, além de sua velha e boa TV de tubo que já o acompanha há anos. Mais nada. A tecnologia não é exorbitantemente cara (mas é mais salgada do que o governo previa) e não há nenhum tipo de taxa ou mensalidade associada ao serviço.

Fonte: Tecnologia.uol

Entidades do consumidor pedem cautela sobre TV digital

A TV digital aberta estréia neste domingo, mas os consumidores ainda têm dúvidas sobre a nova tecnologia. Por isso, o Idec (instituto de defesa do consumidor) e a Pro Teste (associação de defesa do consumidor) aconselham a esperar para comprar TVs ou conversores digitais. Para o Procon-SP, o consumidor deve decidir, mas tem de estar bem informado.

A falta de informação sobre restrições que a TV digital terá no lançamento, como a de interatividade, é o maior problema, para a Pro Teste.

Segundo Carlos Coscarelli, do Procon, o órgão vai monitorar as vendas dos equipamento e verificará os dados que constam no manual de instruções e e as informações dadas pelos vendedores.

Outra preocupação do consumidor deve ser com as chamadas "áreas de sombra": onde o sinal analógico pega mal, o digital deve ter o mesmo problema. Para Coscarelli, o consumidor deve testar o produto em casa e, se houver problema, pode devolvê-lo. "É como adquirir internet onde não há acesso", diz a coordenadora da Pro Teste, Maria Inês Dolci.

Luiz Moncau, do Idec, diz que "há grande chance" de o consumidor levar produto inferior a sua expectativa.

"Tem de ter propaganda, informação clara, para o consumidor não ser enganado", diz Dolci. Ela criticou o ministro Hélio Costa (Comunicações). "Por que ele deixou para falar na última hora que não haverá interatividade?"

A Pro Teste pretende acompanhar os comerciais dos produtos e verificar se as restrições da TV digital estão sendo repassadas adequadamente ou se as fabricantes estão fazendo propaganda enganosa.

Fonte: Folha

Conversor é requisito básico para TV digital

O primeiro item de que você vai precisar para receber sinais de TV digital na boa e velha TV da sala vai ser um receptor de sinal digital, também chamado de "set-top box". Esta caixinha recebe os sinais da antena, os decodifica e repassa para a TV.

A maioria dos fabricantes anunciou até agora dois modelos de conversores: um mais simples, para as TVs de tubo, com saída de imagem via conexões RF, vídeo-composto e video-componente, e um mais sofisticado, com uma saída HDMI para conexão a TVs de alta definição.

O modelo mais simples, além de receber o sinal, o converte para um formato analógico com resolução mais baixa, compatível com as TVs mais antigas. O modelo mais sofisticado apenas decodifica o sinal e o repassa em formato digital, mantendo a imagem em alta definição, diretamente para a TV.

O preço dos conversores e receptores para TV digital é motivo de controvérsia. Quando anunciou os planos para o SBTVD, o Ministro das Telecomunicações, Hélio Costa, divulgou uma estimativa de preço de R$ 100 para o modelo mais básico. Mas quando os fabricantes começaram a divulgar seus primeiros modelos, em outubro deste ano, veio o choque: os preços para o conversor mais barato estão variando entre R$ 500 e R$ 800. Dependendo do fabricante, os modelos mais sofisticados custam mais de R$ 1.000.

Segundo as empresas, o preço divulgado pelo ministro só seria possível mediante subsídio pesado do governo no custo das caixinhas, o que não aconteceu. Além disso, os primeiros conversores a chegar ao mercado são importados, o que aumenta ainda mais o preço. A Semp-Toshiba, por exemplo, traz seus aparelhos de Taiwan, mas tem planos para iniciar a produção local em março de 2008. Com a popularização do produto e a entrada de novos fabricantes no mercado, os preços não devem demorar muito a cair &madsh;mais um motivo para segurar a ansiedade.

Quatro fabricantes já anunciaram suas set-top boxes para a TV digital. A Semp Toshiba tem dois modelos: o DC 2007M é para as TVs de tubo, com preço sugerido de R$ 800. Já o DC 2008H é para TVs de alta definição. Equipado com uma saída HDMI, ele tem preço sugerido de R$ 1.100. Ambos têm controle remoto (que também comanda as TVs da Semp-Toshiba) e recursos como bloqueio de canais e de classificação indicativa (podem, por exemplo, proibir a exibição de programas para menores de 18 anos), guia eletrônico de programação e um sistema de redução de ruído, para aprimorar a imagem.

A Sony anunciou seu "Receptor HDTV Bravia", exclusivo para os televisores da marca. Ele se conecta à sua TV LCD Bravia via HDMI, e é controlado via Bravia Theatre Sync com o controle remoto da própria TV. O preço sugerido é de R$ 999.

A Philips anunciou o seu conversor DTR1007 em duas cores, preto (DTR1007B/78) e branco (DTR1007W/78). Inclui controle remoto que também pode comandar TVs e DVD Players da Philips e tem uma porta USB frontal, que pode ser usada para exibir na TV fotos, música e vídeos armazenados em um pendrive.

A Positivo Informática também anunciou dois conversores, que são os modelos mais baratos no mercado até o momento: o DigiTV, para TVs de tubo, tem preço sugerido de R$ 499, e o DigiTV HD, para TVs de alta definição, sair por R$ 699.

Fonte: Tecnologia.uol

Dez perguntas (e respostas) sobre TV digital

Confira a seguir algumas dúvidas com que você pode se deparar quando parar para pensar em TV digital.

TV digital... o que eu ganho com isso?
Melhor qualidade de som e imagem (que virá em alta definição), recepção de sinal mais fácil, guia eletrônico de programação (depende do receptor e da emissora), possibilidade de assistir TV no notebook, media player ou celular, mesmo em movimento, e no futuro interatividade.

Eu já tenho uma TV de Plasma/LCD. Isso não é TV digital?
Não. O que você tem é provavelmente uma TV de alta definição, mas que veio de fábrica preparada para receber apenas os sinais do sistema de TV analógica já em uso. Para receber a TV digital, você vai precisar de um conversor/receptor de sinal.

O que eu preciso pra assistir?
Um receptor/conversor de TV digital e uma antena UHF. O preço médio do receptor é de R$ 600, e a antena interna pode ser encontrada em qualquer loja de TVs por R$ 30, em média.

É verdade que vou poder ver TV no notebook, e até no celular?
Sim, é verdade. Alguns fabricantes já anunciaram receptores 1seg USB, para uso em notebooks e computadores pessoais. Com ele, você poderá receber os sinais da TVdigital em seu computador, mesmo em movimento. Espera-se que em 2008 fabricantes anunciem TVs portáteis e celulares com sintonizador embutido. Alguns protótipos já foram mostrados à imprensa.

Quanto custa a TV digital? Vai ter mensalidade?
Não custa nada (fora o equipamento). O sinal, mesmo para dispositivos móveis, é aberto e gratuito, como a TV que você já assiste hoje.

Quando começa? Vai ter TV digital em todo o Brasil?
As transmissões começam em 2 de dezembro de 2007 na cidade de São Paulo. Em janeiro, Brasília, Rio de Janeiro e Fortaleza também começarão a receber o sinal, e ao longo de 2008 ele chegará à todas as demais capitais. Segundo o cronograma do governo, em 31 de dezembro de 2013 todas as cidades do Brasil já estarão recebendo o sinal de TV digital.

Eu não tenho dinheiro. Vou ficar sem TV a partir de dezembro?
Não. As transmissões de TV analógica continuarão sem alteração alguma, junto com o sinal de TV digital. O sinal analógico só será cortado em 29 de junho de 2016, após todas as cidades do país terem migrado para o novo sistema.

Como vou fazer para sintonizar os canais digitais? Os números vão mudar?
Não. Basta digitar o número de seu canal favorito no controle remoto do receptor, e ele automaticamente tentará sintonizar a versão digital do canal. Se não conseguir, ou se o sinal não estiver disponível, ele irá sintonizar a versão analógica.

Os canais vão transmitir em alta definição?
Não necessariamente. Transmissão digital não é sinônimo de alta definição. Algumas emissoras, especialmente as menores, podem transmitir um sinal digital em definição padrão até atualizarem seu parque de equipamentos (câmeras, ilhas de edição, etc). As grandes emissoras, como a Rede Globo, SBT, Bandeirantes e Rede Record, já investiram em equipamentos e gravam alguns, ou a maioria, dos seus principais programas em alta definição, e devem transmitir na resolução de 720p, em formato widescreen.

E na TV a cabo, muda alguma coisa?
Nada muda na TV a cabo. As operadoras usam seus próprios sistemas de transmissão, que nada têm a ver com o SBTVD.

Fonte: Tecnologia.uol

O que é TV digital e quando ela chega à minha cidade?

A TV digital é um sistema para transmissão de vídeo e som usando sinais digitais. A grosso modo, em vez de transformar a imagem em uma série de variações de amplitude e frequência de uma onda de rádio, como na TV analógica, o vídeo é transformado em uma sequência de bits (zeros e uns), que pode ser transmitida até o receptor por cabos ou via aérea.

Simplificando, é como se você estivesse fazendo o streaming de um arquivo de vídeo de seu PC para seu notebook usando a rede interna (wireless ou cabeada) em sua casa.

Ser digital, portanto, não tem nada a ver com resolução. A resolução da imagem, qualidade do som e outras recursos ficam a cargo do de um software decodificador, o tal de "codec", usado para fazer a conversão do sinal para um formato digital.

Assim, é possível ter uma imagem digital de baixa definição: os VCDs, por exemplo, são um formato de vídeo em disco óptico (CD) anterior ao DVD. O vídeo digital é armazenado no formato MPEG-1 com resolução de apenas 320 x 240 pixels, metade da resolução de um DVD.

Chegada da TV digital

As primeiras transmissões comerciais do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) serão feitas no próximo domingo, inicialmente apenas na cidade de São Paulo. Rede Globo, SBT, Bandeirantes, Rede Record, TV Cultura e Rede TV devem estrear sua programação neste dia.

Em janeiro de 2008, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro e Salvador devem começar a receber as transmissões, seguidas em maio por Belém, Curitiba, Goiânia, Manaus, Porto Alegre e Recife.

Já em setembro será a vez de Campo Grande, Cuiabá, João Pessoa, Maceió, Natal, São Luiz e Teresina e, em janeiro de 2009, o sinal deve chegar para Aracaju, Boa Vista, Florianópolis, Macapá, Palmas, Porto Velho, Rio Branco e Vitória.

Em junho de 2013, o sinal deve se estender a todo o território nacional. As transmissões analógicas serão encerradas definitivamente em 29 de junho de 2016.

Veja abaixo o cronograma de implantação:

Divulgação

Fonte: Tecnologia.uol

Lojas ficam sem conversor à beira da estréia da TV digital

São Paulo, 30 de Novembro de 2007 - A transmissão do sistema de televisão digital brasileiro começa neste domingo, em São Paulo, cercada de problemas e indefinições. Enquanto a polêmica sobre o preço do conversor ganha novo capítulo a cada declaração do ministro das Comunicações, Hélio Costa, mesmo quem está disposto a pagar pela tecnologia não conseguiu adquirir o aparelho.

A reportagem da Gazeta Mercantil percorreu vários pontos-de-venda da capital paulista e não encontrou conversores. Na Fnac do Morumbi Shopping, uma funcionária informou que os da Positivo e da Sony poderiam chegar até domingo. Detalhe: a Sony não fabricará conversores. A Philips, não citada pela vendedora, informou na ocasião do lançamento de seus aparelhos que treinaria funcionários das redes, entre elas a Fnac.

As indústrias informam que já entregaram os produtos às lojas, mas ainda não estão disponíveis em razão de problemas logísticos do comércio. Já as redes varejistas alegam haver atraso na entrega pelas fabricantes.

Para o mercado publicitário, a grande vantagem do sistema é a mobilidade. "A possibilidade de assistir TV em aparelhos portáteis, como os celulares, vai trazer novos hábitos de consumo", afirma Willy Haas, diretor da Rede Globo. "O filme publicitário atingirá uma audiência inicialmente imensurável", diz Paulo Queiroz, vice-presidente da DM9DDB.

Fonte: Gazeta

Ministro critica operadoras de celular por falta de aparelhos para TV Digital

Para Hélio Costa, operadoras não teriam interesse em estimular a oferta de modelos com recepção de TV porque perderiam trafego de informações.

O ministro das comunicações, Helio Costa, fez a pouco, críticas as operadoras de celular do País porque, na sua opinião, é por falta de empenho delas que o Brasil ainda não tem a venda modelos de celular com recepção de tevê.

“Não tenho visto nenhum interesse das empresas telefônicas em cobrar a oferta de aparelhos”, disse o ministro em encontro com a imprensa.

Na opinião de Costa, a falta de interesse estaria relacionada ao fato de que com a TV no aparelho, o usuário poderia deixar de fazer ligações para assistir programas.

“Um jovem que hoje liga para a namorada quando está no ônibus, poderá passar a assistir TV gratuitamente nesse período em vez de pagar 1 real por minuto de ligação”, exemplificou o ministro.

Ele ainda acrescentou que hoje “há aparelhos celulares com câmera de 5 megapixels, GPS e MP3. Só não tem TV aberta”, criticou Costa.

Para ele, se ainda não há modelos com recepção de tevê à venda, “é porque é de graça, não é um bom negócio para as operadoras”, reafirmou.

Fonte: Computerworld